domingo, 29 de dezembro de 2013

Vontade: “atos deliberados”


A formação – dizíamos – é um caminho necessário para adquirir as virtudes e, por isso, meditamos nos três passos que devem ser seguidos: contemplar exemplos de virtudes, deixar-nos cativar pela sua beleza, e aprofundar intelectualmente nelas (cap. 12).

Falta, porém, um quarto passo, sem o qual os outros três ficariam sendo mera teoria: a decisão de viver, na prática, dia a dia, as virtudes. O Catecismo quando diz que «as virtudes humanas são adquiridas pela educação», acrescenta: e «por atos deliberados» (n. 1810). 


«Atos deliberados» não são teorias. Devem ser mesmo «ações» realizadas com «deliberação», ou seja, conscientemente. Por outras palavras, devem ser atos pensados, queridos e praticados. 

Há atos em si mesmos bons, mas que não são deliberados. 

Atos não deliberados Não são deliberados, concretamente: – Os atos puramente mecânicos, sempre repetidos, tão habituais que perderam o sentido. Todos temos desses atos “bons” automáticos, sem alma, desde saudações rotineiras até orações costumeiras. Não são hábitos virtuosos, isto é, uma sequência de atos pensados e queridos que geram virtudes; são meras “habituações”, repetições mecânicas. 
A este propósito, vem-me à memória um filme antigo, da época do neorrealismo italiano, protagonizado por Aldo Fabrizi, ator muito popular. Encarnava no filme a figura de um operário que sobe num bonde de manhã cedo, sonolento e mal-humorado. Ao pagar o bilhete cumprimenta o cobrador, como todos os dias, resmungando um “Buon giorno” – “Bom dia”. 
O cobrador responde, aborrecido: “Não custa nada cumprimentar!”. O outro se irrita: “Mas se acabo de dizer : Buon giorno”. E o cobrador retruca: Ma c’è Buon giorno e Buon giorno!”- “Mas há ‘Bom’ dia e ‘Bom dia’!”… Tinha toda a razão.
– Também são «indeliberadas» certas rotinas no trabalho, no relacionamento familiar, na prática religiosa. Acontece isso quando cada dia é uma vulgar fotocópia do dia ou da semana anterior, uma fotocópia cada vez mais esbatida, mais amarela e esvaziada de sentido. Não acha que essa má rotina já foi causa de muitas decadências familiares, de declínios profissionais e de esmorecimentos religiosos…? 
– Tampouco são «deliberados» comportamentos habituais, bons em si, mas que são apenas “reativos”. Não procedem de um querer lúcido, mas do “instinto” de “ficar bem” perante determinadas pessoas ou ambientes. 
– De modo geral, como já sabe, também não são virtuosos os comportamentos viciados por uma intenção torta, como o interesse, a vaidade, a humilhação dos outros e o exibicionismo. 

“Deliberações” decisivas.

Todos precisamos dar, na vida, viradas decisivas, sem as quais só teremos “continuísmo”: rotina e decadência. Essas viradas dependem, normalmente, de decisões refletidas – “agora vejo!”, “não posso continuar assim!” –, assumidas com uma vontade (um querer) eficaz. Por exemplo, decidirmo-nos a largar um vício; a parar de hesitar quando fica claro que devemos dizer “sim” sem mais delongas a uma vocação, a uma conversão, ao casamento, a ter mais um filho, a pedir perdão. 
A partir de uma decisão dessas, sincera, a vida pode entrar numa nova “rota de virtudes”, que nos eleve muito, humana e espiritualmente. Naturalmente, a “conversão” é apenas o detonador de muitos atos virtuosos que deveremos praticar (falaremos disso no próximo capítulo). 
Isso foi o que aconteceu com Santo Agostinho quando, após anos de reflexão, oração, hesitação, medo e angústia, resolveu pôr ponto final aos desvarios, abraçar fé católica, praticar a castidade e receber o batismo. Com a ajuda de Deus, foi o início de um dos roteiros mais maravilhosos de santidade, virtudes heroicas e sabedoria cristã da história. 
Para isso, porém, é preciso que a vontade não fique num “desejaria”, mas que seja um “quero” formulado com toda a alma. Quantas vezes não se poderiam aplicar a nós estas palavras: «Um querer sem querer é o teu» (Caminho, n. 714); e ainda estas outras: «Dizes que sim, que queres. – Está bem. – Mas…queres como um avaro quer o seu ouro, como uma mãe quer ao seu filho, como um ambicioso quer as honras, ou como um pobre sensual o seu prazer? – Não? Então não queres» (Ibidem, n. 316). 

Temos “boa vontade” ou “vontade boa”? 

Há um ditado que diz que “o inferno está cheio de boas vontades”, daquelas vontades que, na realidade, não querem. 
Para ter virtudes autênticas, insisto, são necessárias decisões iniciais firmes – “ vontades boas” –, que nos lancem a assumir, com coragem e fé em Deus, uma luta prolongada, com empenho incessante concretizado por meio de muitos atos deliberados pequenos e constantes. Só assim se forja o caráter e a personalidade do cristão.
Lembra o que dizia São Paulo? «Nas corridas de um estádio, todos correm, mas bem sabeis que um só recebe o prêmio. Correi, pois, de tal maneira que o consigais» (1 Cor 9,24). 
Não sei se corremos dessa maneira atrás das virtudes. Mas seria muito bom que o fizéssemos, começando por algumas., bem claras e definidas.
Pense: Que metas de virtude tenho agora? Que corrida quero vencer? Talvez lhe custe dar uma resposta. Sabe por quê? Porque não pensa na vida como deveria fazê-lo. 
Aquele que não se esforça por ter frequentemente momentos tranquilos e sinceros – paradas no meio da agitação diária – para meditar sobre a vida, fazer balanço e tirar conclusões, está se condenando a “ir tocando o barco” e a chegar ao porto errado,com o barco vazio de virtudes e atulhado de rotina. 

Alguns meios de conseguir “deliberações decisivas” 

É impossível decidir-se a ganhar virtudes sem meditar sobre elas, sem oração mental séria, sem exame de consciência frequente. “É que não sei fazê-lo” – talvez me diga. Não seja por isso. Não custa nada aprender, treinar e conseguir[1]. Para começar, sugiro-lhe o seguinte: 
–logo que for possível e tiver um mínimo de preparo, faça um retiro espiritual 
– veja o modo de participar (semanalmente, mensalmente…) de palestras ou meditações de espiritualidade cristã, para “abrir” os olhos e enriquecer a mente e o coração
– decida-se a dedicar todos os dias um tempo fixo a uma leitura meditada da Bíblia (todo cristão deveria fazê-lo!) e de algumas obras de espiritualidade cristã; mas que seja uma leitura refletida e “aplicada” às realidades da sua vida atual 
– com toda a liberdade, sugiro-lhe que procure alguém que lhe possa dar, com regularidade – por exemplo, mensalmente –, uma orientação espiritual cristã: um diretor espiritual que conheça sua vida, seus problemas, suas aspirações e suas lutas, seus avanços e seus tropeços, e possa aconselhá-lo 
– defina já, antes da passar para o próximo capítulo, a virtude mais “urgente”, a que mais falta lhe faz, e aponte para ela todas as baterias espirituais, de grosso e médio calibre (orações, sacrifícios, sacramentos, etc.), sob a moderação do orientador da sua alma… 
São Josemaria dizia que, «de certo modo, a vida humana é um constante retorno à casa do nosso Pai. Retorno mediante a conversão do coração, que se traduz no desejo de mudar, na decisão firme de melhorar de vida, e que, portanto, se manifesta em atos de sacrifício e de doação» (É Cristo que passa, n. 64). 
Peça a Deus essa resolução firme, que tantas vezes nos falta. Peça-lhe um “querer que queira”. Diga a seu coração que deseja ser sincero. E sinta o estímulo dos santos, que agiram assim, foram felizes e souberam fazer felizes os demais. 
Oxalá todos nós pudéssemos fazer com plena sinceridade a oração que fazia São Josemaria Escrivá: «Meu Deus, quando é que me vou converter? (Forja, n. 112). [1] Se desejar conhecer mais a fundo o modo de praticar esses meios de formação espiritual, pode ser útil ler o livro Para estar com Deus, São Paulo 2012, da Ed. Cultor de Livros (cultordelivros@cultordelivros.com.br)

Pe. Faus

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Presépio representa união da família

Inventado por São Francisco de Assis, Presépio representa união da família

O primeiro presépio foi montado na noite de natal de 1223 na Itália

Montar o presépio na época do Natal é uma maneira mais realista de celebrar o mistério da encarnação, de nos aproximarmos da vinda da Salvação. Jesus, filho de Deus, veio como mestre para nos salvar.



Para os católicos, esse é um dos significados, que teve início com São Francisco de Assis.

Como conta o pesquisador Evaristo de Miranda, na noite de natal de 1223, em Greccio, na Itália, São Francisco de Assis montou o primeiro presépio da história. O pesquisador diz “com a permissão do Papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos. Nesse cenário, foi celebrada a missa de Natal”.

Esse ocorrido espalhou-se pela Europa, se tornando um costume natalino. A Igreja Católica aderiu como hábito e considera de bom modo montar presépios nesta época do ano em Igrejas, casas e até em locais públicos.

Segundo Evaristo, existe, também, um outro significado. Ao montar o presépio, o vive em família. É uma alegria familiar monta-lo junto com as crianças, filhos e pais. Os personagens ficam guardados em caixas, geralmente, e é um alívio tirá-los de lá.

O pesquisador diz “Aos poucos, pequenos pacotes de papel, embrulhando as figuras do presépio, são abertos ansiosamente pelas crianças. Surge uma ovelha, um anjo, uma Maria, um boi, um camelo, um José, um pastor, um Rei Mago (…). Eles são procurados, identificados e assumem seu lugar no presépio organizado e também no coração de adultos e crianças.”.

Uma das alegrias da criança, associada ao período natalino, é montar o presépio. Evaristo conta que “O melhor jeito de montar presépios é em família e com aqueles cujo coração ainda é capaz de maravilhar-se”. E ainda diz “comprar montado, não vale”.

Fonte:Paula Rodrigues do RS21

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Frutos da perseverança



By Pe. Faus

Que a perseverança leve consigo uma obra perfeita, exorta São Tiago na sua carta (Tg 1,4). A perseverança sempre acaba dando frutos de virtudes maduras, e a virtude madura, por sua vez,  produz outros frutos espirituais saborosos, alguns dos quais vamos considerar a seguir.

Abre os olhos


Nas coisas de Deus – e, portanto, nas virtudes cristãs – acontece que não se entende o que não se vive. Quando as virtudes não se exercitam, cumpre-se ao pé da letra a profecia de Isaías, que Jesus citou diversas vezes: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis; e vendo, vereis, mas não percebereis (Mt 13,14 e Is 6,9).


É que o caminho cristão (e, em geral, todo o caminho de Deus) só pode ser visto com um coração limpo − Os puros de coração verão a Deus (Mt 5,8) −, esclarecido pela luz do Espírito Santo, que  ilumina os olhos do coração (cf. Ef 1,18). Duas condições – pureza e luz sobrenatural – que se cumprem em quem luta sinceramente por praticar as virtudes, com amor e confiança em Deus,.
Vejamos um exemplo. «Alguns, por aí fora − diz São Josemaria − ouvem falar de castidade e sorriem» (Amigos de Deus, n. 179). Pois bem, faz alguns anos li numa conhecida revista semanal este comentário sarcástico de um articulista: “A castidade é a doença sexual mais incompreensível”.
Em confronto com esta cerração, o mesmo santo, que orientou milhares de jovens para valorizar a prática feliz da castidade, afirmava: «A castidade é uma afirmação jubilosa» (Amigos de Deus, n. 177), e esclarecia: «A castidade  – a de cada um no seu estado: solteiro, casado, viúvo, sacerdote  – é uma triunfante afirmação do amor» (Sulco, n. 831).
Aquele que, movido pelo amor cristão, se esforça por viver as virtudes, descobre, assombrado, «com cor o relevo imprevistos, as maravilhas de um mundo melhor, de um mundo novo», o universo de Deus (Caminho, n. 283).
Foi o que aconteceu com Santo Agostinho que, depois da conversão, não achava palavras para descrever o que os olhos de sua alma estavam vendo: «Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! (…). Chamaste, clamaste e rompeste a minha surdez; brilhaste, resplandeceste, e a tua luz afugentou a minha cegueira; exalaste o teu perfume e respirei, suspirei por ti; saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti; Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo da tua paz» (Confissões, Liv. 10, 27).
Dilata o coração
Eis uma bela expressão que o Salmo 118[119],32 dirige a Deus: Dilataste o meu coração. É outro dos frutos saborosos da fidelidade para com Deus, da perseverança na luta.  A constância – diz São Paulo – produz a virtude a toda à prova; esta produz a esperança, e a esperança não nos deixa desiludidos, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,4-5).
É um texto maravilhoso, retrato da alma santa de um filho de Deus. Como fruto da graça de Deus – a graça do Espírito Santo – e da luta perseverante pelas virtudes, o coração de Paulo se encheu de uma esperança que o lançava, cheio de coragem e alegria, para horizontes cristãos cada vez maiores. Seu coração se dilatou. Não se conformava com o que já era e o que já tinha feito. A alma grande lhe gritava: “Mais!” “Além!”, e ele exclamava: O amor de Cristo nos constrange (2 Cor 5,14).
É assim mesmo. A virtude dá-nos um «poder de progresso e aperfeiçoamento», diz Pinkaers; e comenta que, na vida cristã, acontece algo semelhante ao que sucede com um grande pianista. Os seus exercícios ao piano, constantes, exigentes e cheios de inspiração, vão lhe proporcionando a leveza de um “hábito”, que não é repetição mecânica (como a daquela vizinha que, em cada festinha, teclava monotonamente o “Para Elisa”), mas é pura liberdade. Assim cresce nele a paixão pela música e, com ela, a genialidade de “criar” um estilo próprio – que os entendidos percebem, maravilhados −, permanecendo fiel ao compositor que interpreta (cf. As fontes da Moral Cristã). Sente uma alegria criativa que o impele a procurar uma perfeição sempre maior.
É uma bela comparação. Por um lado, lembra-nos que o hábito virtuoso é vivo e deve ser progressivo. Por outro, que com ele a alma se enche de iniciativas: sempre pensa em agir com mais amor, com mais um detalhe, com mais uma conquista, e nunca diz “basta”. Não tem o perigo de embalsamar virtudes mumificadas. Como dizia São Josemaria, «tudo se converte em cume por alcançar: cada dia descobre novas metas, porque não sabe nem quer pôr limites ao Amor de Deus» (Sulco, n. 17).
Abre as portas ao Espírito Santo
Já sabemos que, à diferença das virtudes dos pagãos, as virtudes humanas do cristão têm , como alma que as inspira e como finalidade para a qual apontam, o amor (a Deus, ao Bem, ao próximo). E que sua seiva vivificante é a graça do Espírito Santo (Caps. 9, 10, etc).
Santo Tomás de Aquino lembra que não é possível desenvolver uma virtude verdadeiramente cristã, ou seja, vivificada pelo amor, sem que cresçam ao mesmo tempo as outras virtudes. O contrário seria tão anormal como se, no corpo de um adolescente, se desenvolvesse só uma mão ou uma orelha, e o resto ficasse raquítico.
Ora, o amor cristão, e as virtudes que suscita, são como o trigo das parábolas de Jesus: só pode crescer bem e encher-se de fruto se os trabalhadores limpam o mato: o joio e os espinhos (cf. Mt  13,7 e 26). Essa é justamente a tarefa da mortificação cristã: limpar, libertar o campo do mal que o torna estéril – do desamor! −, para abrir espaço à ação santificadora do Espírito Santo.
Tudo isso se entende bem se não esquecemos que a luta pelas virtudes é sempre uma luta de correspondência à ação do Espírito Santo, que consiste fundamentalmente em:
− preparar o terreno com a oração, a mortificação e a humildade
− plantar decididamente, com a ajuda de Deus, a semente de cada virtude, mediante propósitos concretos de luta e desejos sinceros de alcançar a meta
− ir alimentando essa semente e o seu crescimento com oração e luta diários, sem nunca esquecer que o alimento indispensável é a “água viva” da graça (cf. Jo 4,14 e 7,38): água que se obtém na fonte dos Sacramentos, da Oração de petição, e do amor generoso no cumprimento do dever.
Então a alma se alarga, dilata-se, vai se “fazendo” à medida de Deus, porque o amor não tem fim (1 Cor 13,8) e, como diz São Gregório de Nissa, «no tocante à virtude, nós aprendemos que o único limite consiste em não ter limite» (Vida de Moisés, 1,5).
Com a alma assim preparada, aberta, “ativa” e cheia de confiança em Deus, o cristão poderá fazer da sua vida toda aquela aventura divina que descreve São Paulo: Que o Pai vos conceda, segundo as riquezas da sua glória, que sejais poderosamente fortalecidos pelo seu Espírito no homem interior, para que Cristo habite pela fé nos vossos corações, arraigados e fundados no amor (…), até atingir o estado do homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo (Ef 3,16-17 e 4,13). A identificação com Cristo, que é a meta das virtudes cristãs.

sábado, 23 de novembro de 2013

Missa da Saúde

Missa da Saúde com o Frei Rinaldo Stecanela, realizada na Paróquia São Pedro e São Paulo no dia 09 de novembro de 2013.

Encontro de Casais.

A Paróquia São Pedro e São Paulo realizou no dia 10 de novembro de 2013 o Encontro de Casais com o Frei Rinaldo Stecanela da TV Século XXI.
O Encontro de Casais foi idealizado pelo nosso Pároco Padre Marcos José, com o apoio do ECC de nossa paroquia.

Família, base de tudo!


Muitos dos problemas que nossa juventude está enfrentando na pele derivam de falhas existentes na família. Ás vezes por terem liberdade em demasia, acham que podem e devem fazer tudo o que passa em suas mentes. Ou ainda, por não receberem a atenção que tanto precisam dos próprios pais, passam a viver transtornos em suas personalidades, transtornos estes que os impulsionam a desviar da rota.
Uma das coisas mais sérias e importantes que se deve estimular no ambiente familiar é o diálogo saudável, no qual todos têm sua vez de se expressar e desabafar na maior tranquilidade. Pais não tenham medo de dizer não para seus filhos, pois um não para o que é errado significa sim para o que é correto aos olhos de Deus e da sociedade. Outra coisa que se deve fazer é incentivar quando os filhos estão indo bem na escola, no trabalho, na Igreja e em casa. Incentivar por meio de agrado, como forma de agradecimento, pois, quem não gosta de receber um agrado quando age corretamente? No entanto, tomem muito cuidado para que vossos agradecimentos não sejam apenas meras formas de se demonstrar carinho, mas que sirvam de guias para orientar e conduzir vossos filhos.Pais sejam pacientes e tolerantes para com seus filhos, pois são de épocas e realidades diferentes.Filhos sejam obedientes e respeitem em tudo vossos pais, pois por amor eles são capazes de dar a própria vida para vê-los sãos e salvos dos perigos que o mundo oferece.“Jovens não tenham medo de se abrirem com vossos pais, pois neles vocês possuem sustento, fortaleza, proteção e amparo, é neles que vocês devem se inspirar para poderem dar um passo novo em suas vidas.
Não tenham vergonha de dizer que os ama, pois eles te amam mais do que a eles mesmos, eis o verdadeiro amor: um amor sem preço, sem limites ou barreiras, um amor que tudo suporta, que tudo tolera, que sofre em silêncio quando sente que seu filho está agindo errado ou vivendo no mundo das drogas, da violência e da banalização do sexo. Um amor que chega a se assemelhar ao amor de Deus Pai para conosco”.
Subsídio de novembro/2013 - EJC



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

MISSA DA SAÚDE

MISSA DA SAÚDE.
Participação do Frei Rinaldo Stecanela.
Venha participar de mais este ato de Fé e graça na nossa paróquia, Participe e traga a família.
MISSA DA SAÚDE
Dia 09 de novembro 2013, às 18 horas
PARÓQUIA SÃO PEDRO E SÃO PAULO.
Paróquia São Pedro e São Paulo





A última parábola de Cristo






9. A ALMA DAS VIRTUDES HUMANAS
A última parábola de Cristo
Iniciamos a segunda parte. Nela meditaremos sobre a aquisição, cultivo e crescimento das virtudes humanas: das virtudes morais que focalizamos, num primeiro olhar, no capítulo terceiro.
Mas antes de entrar no tema, é preciso que acendamos uma luz. Sem ela, as melhores coisas que possamos dizer sobre as virtudes humanas ficariam incompletas e até confusas.
Assim como, na primeira parte, nos ajudou a imagem empregada por Cristo da vida como construção de um edifício, agora vamos procurar luzes na última parábola que Jesus expôs antes de ir para a Cruz: a alegoria da videira e as varas (Jo 15,1-8).
Eu sou  a videira verdadeira – dizia Jesus na Última Ceia  –,  e mau Pai é o agricultor [...]O ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira. Assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós os ramos. (Jo, 15, 1 e 4-5).
A vida do ramo – da vara ou sarmento, de onde pende a uva – procede da seiva, que vem das raízes da videira. Sem seiva, a vara seca; sem seiva, não há fruto.
Sabe o que é essa “seiva” que Cristo – a videira verdadeira – nos transmite, quando  estamos unidos a Ele? A graça de Deus, a graça que o Espírito Santo – amor eterno entre o Pai e o Filho – infunde na nossa alma, como o grande fruto da Redenção realizada por Cristo. De maneira simples e bela, São Paulo diz que o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5), e que esse dom do Amor  – já desde o Batismo – nos dá uma vida nova (Rm 6,4).
Trata-se de uma realidade divina, que as palavras humanas são incapazes de exprimir. Os Padres da Igreja dos primeiros séculos, para explicar a transformação que a graça do Espírito Santo opera na nossa alma, recorriam a comparações. Uma delas, muito expressiva, é a do metal posto ao fogo: ao ficar em brasa, adquire as qualidades do fogo; sem deixar de ser o que era – metal – ganha o ardor, a luz e o calor que, sozinho, jamais teria. Coisa análoga faz a graça do Espírito Santo nas almas, elevando-as, “divinizando-as”, tonando-as filhos de Deus (cf Jo 1, 12; Gl 4,6-7), membros da família de Deus (Ef 2,19).
Graças a esse fogo divino nós podemos viver e agir como filhos de Deus muito amados(Ef 5,1) E, se não perdemos a graça do Espírito Santo pelo pecado, as nossas virtudes terão a “seiva” da graça, a qualidade sobrenatural das virtudes dos filhos de Deus, dos “irmãos de Cristo” (cf Rm 8,16 e 29). Serão as virtudes humanas do cristão.
A graça e as virtudes humanas
As virtudes humanas já foram conhecidas e estimadas há milênios pelos pagãos. Platão – como lembrávamos acima – formulou a doutrina básica das quatro virtudes “cardeais”: prudência, justiça, fortaleza e temperança. Aristóteles  e os filósofos estoicos (Epicteto, Cícero, Sêneca, etc.) aprofundaram nas quatro, e em muitas outras que estão ligadas a elas. Os mesmos valores básicos encontram-se nas tradições éticas do confucianismo, do hinduísmo e do budismo.
O cristianismo não rejeitou esses valores, antes assumiu a doutrina clássica das virtudes, como o fez com todas as verdades autênticas da sabedoria humana. Neste sentido, São Paulo aconselhava: Tudo o que é verdadeiro, tudo o que é nobre, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, tudo o que é virtuoso e louvável, eis o que deve ocupar os vossos pensamentos (Fl 4,8).
No entanto, o enfoque cristão modificou profundamente – pela raiz – a perspectiva pagã. Com efeito, o ideal pagão apreciava as virtudes como um desafio de grandeza pessoal, como domínio de si, como vitória do esforço moral do “sábio”, como supremacia da inteligência e da vontade sobre os instintos e as emoções.
É uma moral que tem muitas coisas elevadas e sempre válidas; por isso, Santo Tomás pôde aproveitar grande parte da Ética a Nicômaco de Aristóteles. Porém, já desde o início, a alma cristã percebeu que esses valores pagãos – por positivos que sejam – padecem de insuficiências.
Virtudes pagãs e virtudes cristãs
            Vejamos quatro insuficiências da visão pagã das virtudes:
– Primeira: o pagão virtuoso é autossuficiente. Acha que não precisa de Deus para ser perfeito. Quando muito, deve resignar-se ao destino inexorável dos deuses. O herói e o filósofo pagão têm o perigo de viver facilmente num clima de orgulho, de autocomplacência. Ignoram a virtude da humildade, não a compreendem. Valorizam o forte e o sábio, mas menosprezam o fraco e o ignorante. Pelo contrário, o cristão ama a todos como irmãos e valoriza especialmente os pequeninos, os pobres, os fracos, filhos queridíssimos de Deus (cf. Mt 18,3 e 10).
– Segunda: esquece que uma parte importante do amadurecimento nas virtudes é a “cura” dos defeitos enraizados na alma, o arrependimento e o perdão de Deus. O ser humano está contaminado pelo pecado. Sem curar as feridas interiores, mediante a graça e o perdão de Deus, a virtude fica enfermiça, é um ramo árido e triste.
– Terceira: as virtudes pagãs não têm o seu centro no amor. Desconhecem o Espírito Santo e a extraordinária novidade da caridade cristã. Como poderiam entender o que escrevia São Paulo: Se não tiver amor, não sou nada (1Cor 13, 2)? Ou o que dizia, mais rotundamente, São João: Quem não ama permanece na morte (1 Jo 3,14). O amor é a “alma” das virtudes cristãs.
Sempre recordarei a tristeza com que uma mãe de família de origem oriental me dizia, depois de uma primeira viagem à terra dos antepassados: «É uma pena. Eles são bons, mas não conhecem a caridade».
– Quarta: não sabem – por não conhecê-lo ou por conhecê-lo mal – que o modelo supremo, único, definitivo, da plena perfeição das virtudes humanas é Jesus Cristo, perfeito Deus e perfeito homem (Símbolo Quicumque).
Por isso, São Paulo podia resumir a vida cristã dizendo: Sede imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi no amor, seguindo o exemplo de Cristo, que nos amou e se entregou por nós (Rm 5,5). Progredir no amor!
Por exemplo, diante da cruz, da dor, o estoico dirá apenas: “Seja forte”. E o sábio pagão: “Seja indiferente ao sofrimento, esteja por cima dele”. Mas o cristão… Vou lembrar um episódio que fala por si. Um rapaz, gravemente doente contava ao sacerdote que o atendia que, naqueles dias, rezava olhando um crucifixo, e lhe dizia: “Jesus, sofro porque dói muito; mas sorrio porque te amo!”.
É importante termos isso presente quando falarmos depois da importância do nosso esforço por adquirir as virtudes humanas. Sem a graça e sem o amor, o esforço é estéril.
As virtudes humanas do cristão
As virtudes humanas do cristão são as mesmas virtudes cardeais dos pagãos, as quatro clássicas – prudência, justiça, fortaleza e temperança –, mais as outras que lhes são anexas.
Como o pagão, o cristão tem que lutar para adquirir essas virtudes; a graça não o dispensa do esforço necessário para as possuir. Mas a novidade é que o Espírito Santo comunica a essas virtudes “qualidades divinas”, que mudam tudo:
– Primeiro, faz delas “virtudes filiais”. O cristão que vive da fé, pode exclamar, extasiado, como São João: Caríssimos, desde agora somos filhos de Deus! (1Jo 3,2). E, quando se empenha em ser mais forte, mais prudente, mais justo, mais moderado…, não visa a satisfação vaidosa de se sentir “bom”; a única coisa que procura é a que buscava o coração de Cristo: cumprir com amor a vontade do Pai, fazendo o que lhe agrada: Meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou (Jo 4,34).  Eu sempre faço o que é do seu agrado (Jo 8,29).
– Além disso, o Espírito Santo infunde no esforço humano a força de Deus. A São Paulo, que se angustiava por não conseguir vencer uma grande dificuldade pessoal, Cristo lhe disse: Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força (Cor 12,9). Depois de ouvir essas palavras, o apóstolo escrevia, feliz:Posso tudo naquele que me dá forças (Fl 4,13).
Catecismo resume brevemente estas verdades: «As virtudes humanas… são purificadas e elevadas pela graça divina» (n. 1810). «Não é fácil para o homem ferido pelo pecado manter o equilíbrio moral. O dom da salvação, trazida por Cristo, nos concede a graça necessária para perseverar na conquista das virtudes».
O cristão de boa vontade, aberto à graça de Deus, estará em condições de amadurecer mais depressa nas virtudes humanas, assim como o ramo sadio da videira tem condições de receber a vitalidade da seiva, ao passo que o ramo seco ou quebrado a desperdiça.
São Josemaria recordava muitas vezes esta realidade. «Quando uma alma se esforça por cultivar as virtudes humanas – dizia –, o seu coração já está muito perto de Cristo… As virtudes humanas são o fundamento das sobrenaturais… Se o cristão luta por adquirir essas virtudes, a sua alma dispõe-se a receber com eficácia a graça do Espírito Santo. E as boas qualidades humanas ficam reforçadas com as moções que o Paráclito introduz na alma». (Amigos de Deus, nn. 91,92).
Por ora, terminamos esta reflexão. Resta ainda uma consideração necessária para captar bem o que são as virtudes humanas de um bom cristão. Mas vamos deixá-la para o próximo capítulo.
By Pe. Faus 

domingo, 20 de outubro de 2013

Gincana 2013 ECC

Gincana 2013 do Encontro de Casais com Cristo da Paróquia São Pedro e São Paulo.
Parabéns a todas as equipes pelo desempenho e participação.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Um veneno: orgulho



[PARA TER VIRTUDES]



“Inimigos domésticos”
Vamos entrar, neste capítulo e no seguinte, no ponto mais escuro do túnel, nos porões da alma. Não é agradável. Mas seria covardia que você e eu, leitor, recusássemos olhar-nos nesse espelho sombrio, para podermos reagir depressa caso nos vejamos um pouco retratados nele.
Porque os dois vícios que vamos focalizar nestes capítulos são como um veneno que dá cabo das virtudes, ou causa uma paralisia que as entrava: o orgulho e o hedonismo.
Há certos defeitos que têm apenas surtos esporádicos, talvez fortes, como a raiva daquele amigo que me dizia, brincando: “Em casa, eu só tenho uma explosão de ira por semestre”. Não é desses que tratamos agora, mas de duas atitudes daninhas que brotam da própria raiz do egoísmo, e que, por isso mesmo, nos afastam mais radicalmente do amor.
À diferença de outros, esses dois vícios – orgulho e hedonismo − afetam “todas” as virtudes, como uma infecção generalizada. Muitas vezes, matam. E sempre desestruturam a personalidade. Alguns os chamam de “inimigos domésticos”, porque se infiltram no mais íntimo de nós, por assim dizer, se inoculam “no sangue”.
A soberba: a antítese do amor
Bento XVI comentou certa vez que cada um de nós traz, dentro de si, uma gota do veneno da serpente do Paraíso. Fazia alusão ao pecado original, um pecado de orgulho – de soberba −, que levou os primeiros pais a rejeitar Deus com um ato de desobediência. Acabamos de comentar esse episódio bíblico no capítulo anterior.
Rebelando-se contra Deus, o homem fica fechado no círculo da adoração e do culto ao seu “eu”. Tudo gira à volta dele, e não aceita interferências. Essa independência de Deus é destrutiva, porque corta a “conexão” vital com Aquele que é a fonte do ser, da vida, do bem, da bondade…; e, assim,  como diz um teólogo, o homem «se condena ao absurdo, pois uma liberdade sem Deus só pode destruir o homem» (J. L. Lorda,Antropologia sobrenatural, p. 37).
A soberba faz com que as virtudes saltem fora dos eixos do amor a Deus e do amor ao próximo. Com isso, se corrompem: ou se acabam, ou se falsificam.
Como diz o livro do Eclesiástico (Sirácida), o orgulho é odioso diante de Deus e dos homens [...]. É  o princípio de todo pecado (Eclo, 10,7.15).
“Odioso diante de Deus”
Ainda no livro do Eclesiástico lemos: O início do orgulho num homem é renegar a Deus, pois o seu coração se afasta daquele que o criou (10,14-15).
O veneno da serpente, que continua a sussurrar sereis como deuses, conhecedores do bem e do mal (Gn 3,5), atua nos corações e os leva, entre outras coisas,  a:
− Desprezar Deus e as coisas de Deus. É a atitude de indiferença do autossuficiente, que – como diria o poeta Antonio Machado − «despreza quanto ignora». É o orgulho dos que dizem, com o aprumo típico da ignorância: “Religião já era”, “Você ainda acredita?”, “Eu escolho a minha verdade!”, “Ninguém tem que me dizer o que é certo ou errado!”…
− Leva também a acreditar em Deus com a boca e na teoria, mas a considerá-lo supérfluo na vida real. “Para quê levar tão a sério a fé, para quê ter uma vida espiritual constante, para quê aprofundar no Evangelho e na doutrina cristã, para quê estudar a doutrina da Igreja?” Quando muito, aceita-se Deus como um criado, que deve ficar a postos quando o chamamos na hora da aflição, para que nos resolva problemas.
− O orgulho leva ainda à criação de uma cultura e uma política, de uma legislação e uma mentalidade, que expulsa Deus e o coloca no banco dos réus, fora da lei. A verdade moral e os Mandamentos de Deus (por exemplo, sobre o matrimonio, a família e a vida) tornam-se crime. Quem os defende cai na execração da mídia e na condenação dos tribunais. E muita gente boa, amedrontada por essa ditadura da falsidade, desiste de defender a verdade abertamente e se acomoda ao “politicamente correto”.
“Odioso diante dos homens”
Algum vez comparei o coração a um instrumento de corda. Quando as cordas são tocadas pela bondade e a sinceridade, saem de dentro as notas do amor. Quando quem toca é o orgulho, saem do coração as notas da discórdia, da mágoa, da raiva, da inveja, da incompreensão…, em suma, da falta de caridade.
É bom pararmos uns instantes e escutar, na presença de Deus, o som das nossas cordas. Pelos sons cacofônicos, poderemos deduzir os tons do nosso orgulho.
O orgulho “toca” o coração com o desejo exorbitado de sobressair, de ficar por cima, de ser valorizado, acatado e estimado; com a ânsia de se sentir superior aos outros ou, pelo menos, nunca inferiorizado; é a incapacidade de aceitar qualquer coisa que fira o nosso amor-próprio ou rebaixe a nossa imagem. Com esses sentimentos, como é difícil o amor ao próximo!
É bom desmascarar esse inimigo e, como diz a Escritura, caçar as pequenas raposas que destroem a vinha (Ct 2,15). Se procurarmos lutar por detectar e combater o pequeno orgulho, evitaremos que domine o grande. Vejamos alguns traços dessas “raposas”:
–Sermos suscetíveis por minúcias. Qualquer coisinha nos ofende, nos melindra. «Os pobrezinhos dos soberbos – diz São Josemaria – sofrem por mil e uma pequenas tolices, que o seu amor-próprio agiganta…” (Sulco, n. 714).
– Ser  teimosos: julgando que estamos sempre com a razão, «desprezamos o ponto de vista dos outros» (ibid., n. 263), e somos incapazes de não dizer a “última palavra” nas discussões.
– Queixar-nos de não ser compreendidos, ao mesmo tempo que julgamos temerariamente e com dureza os demais.
− Ter uma preocupação constante pela nossa “imagem”: fazer “pose” e sofrer perguntando-nos a toda hora: “fiquei bem?”, “fiz um papel ridículo?”, “que estarão pensando de mim?”
– Não perdoar, guardar ressentimento por longo tempo.
– Termos muito espírito crítico: uma tendência instintiva de ver o lado errado ou grotesco dos outros.
– Abusar da ironia e das gozações.
– Querer que os outros saibam, louvem e agradeçam as coisas boas que fazemos. Se não o fazem, perdemos o pique.
– Falar demais e escutar de menos. Ser o “sal de todos os pratos” (cf. Caminho, n. 48). Nas conversas, mostra-nos sempre “por dentro” e como quem sabe mais do que ninguém… E tantas coisas mais.
A humildade, fundamento das virtudes
Se o orgulho estraga tudo, a humildade vivifica tudo, cura tudo, protege tudo.
Escutemos o que Deus nos diz. Por três vezes a Bíblia repete estas mesmas palavras:Deus resiste aos soberbos, mas concede a graça aos humildes (Pr 3,24; Tg 4,6; 1 Pd 5,5). E por três vezes Jesus insiste em que todo aquele que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado (Mt 23,12; Lc 14,11 e 18,14), ao mesmo tempo que nos pede:Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração (Mt 11,29).
Você não se lembra do que disse Nossa Senhora na casa de Santa Isabel, ao levantar o coração a Deus num cântico de alegria? A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para a humilde condição da sua escrava…Realizou em mim maravilhas aquele que é poderoso (Lc 1, 46-49).
Também em nós Deus poderá realizar maravilhas, se encontra um coração humilde e desprendido. «A humildade – dizia Cervantes – é a base e fundamento de todas as virtudes, e, sem ela, não há nenhuma que o seja».
Na terra boa da humildade, todos os dons de Deus dão fruto. Na terra boa da humildade, todas as virtudes podem ser plantadas e crescer sadias, sem medo de pragas que as devastem. E acabam desabrochando em frutos agradáveis a Deus e ao próximo. Com razão dizia São Josemaria: «Pela senda da humildade vai-se a toda a parte…, fundamentalmente ao céu» (Sulco n. 282).
 By Pe. Faus

sábado, 14 de setembro de 2013

Olhe-se




 
É muito fácil nos perdermos do essencial quando não enxergamos, apenas vemos. 

Se não tomarmos cuidado, a vida passará por nós e não a perceberemos. Enxergar é saber observar o que realmente importa, o que realmente nos convém. 

Uma pessoa que não se enxerga, não avança, não cresce, não supera, fica estacionada, porque tem a incapacidade 
de se ver. 

Preste atenção em você, em quem você é. Permita que o olhar que você tem sobre si seja verdadeiro. Pare de exigir de você aquilo que não tem para oferecer, pois, a partir do momento em que você reconhece a sua verdade, tem a capacidade de crescer. 

Quando temos dificuldade de olhar para nós mesmos, corremos o risco de assumir um personagem que não somos. 

Olhe-se. Não tenha medo de quem você é, abandone as suas ilusões e as substitua por esperança. 

Mas se você não se olha, não lida com sua verdade, corre o risco de desperdiçar sua vida com ilusões que não se realizam. 

Se você quiser realmente chegar ao profundo dos seus valores, das regras que te regem como ser humano, retire os seus excessos. Muitas vezes os nossos excessos nos impedem de conhecer a nossa verdade fundamental. 


Padre Fábio de Melo

sábado, 7 de setembro de 2013

Eucaristia

Um banquete só tem significado para quem tem fome. Os saciados não desejam a proximidade do alimento. A fome é o elemento chave para que possamos desejar e apreciar o banquete. 

Da mesma forma, o hospital não tem significado para quem está são. Somente os doentes carecem de hospitalização. 
Essa comparação é simples, eu sei. Mas ela nos aproxima de uma verdade ímpar que Jesus fez questão de nos ensinar. 
É desconcertante, mas a Eucaristia é o banquete dos miseráveis. Ela é o momento em que Deus se põe à mesa com os escórias da humanidade, com os últimos, os menos desejados. 
Miseráveis, famintos, prostituídos, doentes, legítimos representantes da fome. Fome de pão, fome de beleza, fome de dignidade, fome de amor, fome de companhia. 

Corações sufocados pela solidão do mundo, pelo descaso dos favorecidos e pela arrogência dos fortes. 

A vida sem cuidados, mostrada nos olhos que já não sabem nutrir grandes esperanças. Olhares que nos fazem lembrar o olhar de Mateus, o olhar de Zaqueu, o olhar de Madalena... Olhares que não se sentem merecedores, e que se já se convenceram de que estão condenados. 
E então, quando a vida os surpreende com o sorriso de Deus, olhando-os nos olhos, dizendo que está feliz porque eles reapareceram, e que para comemorar esta alegria um banquete lhes foi preparado. 
Roupas limpas, banhos demorados, coisa de quem não faz do amor um discurso teórico. O sabonete, o cheiro bom a nos recordar antigas esperanças. 
Alegrias nas taças, toalha branca estendida sobre a mesa, o colorido que tem sabor agradável. O melhor vinho, a melhor música, o melhor motivo a ser comemorado. A ceia está posta. 

E então eu me ponho a pensar... 

Recordo-me do quanto eu não sei viver a Eucaristia com esta mística. Penso no quanto sou seletivo ao pensar naqueles que Deus anda preferindo. 
E então, hoje, nesta fração de tempo que passa, em que seus olhos se encontram com meu coração de padre, aqui, nesta tela fria de computador, eu fico desejando lhe convencer do quanto você é amado por Deus. 
Ainda que seus dias sejam marcados pela rebeldia, pela derrota, pela queda, não desista! Religião só tem sentido se for para congregar, recordar a miséria como condição que nos torna preferidos... 

É simples de entender. Pense comigo: uma mãe geralmente tende a cuidar de forma especial do filho que é mais frágil. Concorda comigo? Pois bem. O que é frágil será sempre velado, cuidado e amado. 

Assim é você. Um miserável que tem entrada garantida na última ceia de Jesus. 

Não venha com muitos pesos. Traga apenas uma pequena lembrança para o Mestre que o espera. Uma florzinha, um pedacinho de doce, não sei. Você é criativo e saberá escolher melhor. 
Que o presente seja pobre, pois assim você descobrirá que o maior presente que Ele pode receber é o seu coração de volta. 

Combinados? 

Espero que sim. 

O seu nome já foi chamado por Ele. Não o deixe esperando por muito tempo. 

A casa é a mesma. O endereço você já sabe! 

Padre Fábio de Melo
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